Portugal deu um passo importante na área da saúde mental com o arranque da Linha Nacional de Prevenção do Suicídio, acessível pelo número 1411. Esta medida surge numa altura em que o país regista cerca de três mortes por suicídio por dia, um problema de saúde pública que exige respostas rápidas e eficazes.
A criação da linha tinha sido aprovada em lei no início de 2024, mas a sua implementação só foi possível após a publicação da regulamentação específica. Agora, o serviço passa a estar disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano, garantindo que qualquer pessoa em situação de sofrimento psicológico tem alguém especializado a quem recorrer em qualquer momento.
O atendimento é assegurado por profissionais com formação em saúde mental e suicidologia, nomeadamente psicólogos clínicos e enfermeiros especialistas em saúde mental e psiquiátrica. Estes técnicos têm à disposição um fluxograma de decisão que os ajuda a avaliar o risco da situação apresentada e a dar a resposta mais adequada: em casos graves ou de risco iminente, podem acionar de imediato o INEM ou os serviços de urgência; nos casos menos urgentes, a pessoa poderá ser encaminhada para os cuidados de saúde primários ou para outros serviços especializados.
É importante sublinhar que esta linha não substitui uma consulta médica nem funciona como acompanhamento clínico regular. A sua missão é de apoio, escuta ativa e encaminhamento para os recursos mais indicados, atuando como um primeiro ponto de contacto para pessoas em crise ou em risco.
Apesar de estar integrada no SNS-24, a Linha Nacional de Prevenção do Suicídio mantém uma identidade própria e funcionamento autónomo, sendo coordenada pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). Além disso, todos os dados fornecidos nas chamadas são tratados com total confidencialidade, em conformidade com a legislação de proteção de dados pessoais, para assegurar a segurança e a privacidade de quem pede ajuda.
Este novo recurso representa um reforço da rede de apoio em saúde mental em Portugal, procurando reduzir o número de suicídios e promover a prevenção, ao mesmo tempo que contribui para combater o estigma em torno do sofrimento psicológico e da procura de ajuda.
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